Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

As dores e lesões mais comuns para os corredores.





Pesquisa mapeou os locais mais afetados. Quando a dor chega, respeitar os limites do corpo e parar é a melhor forma de evitar problemas.

O caráter prático e democrático da corrida de rua está impondo um novo paradigma aos especialistas da área da saúde: ela ajuda a combater o sedentarismo e sua consequências mais preocupantes – a obesidade e as doenças cardiovasculares –, mas está produzindo uma legião de praticantes que sofrem, às vezes por meses, com dores e lesões em músculos, tendões e ossos.

Joelhos, pés, pernas, tornozelo e coluna são as áreas do corpo mais afetadas por lesões causadas pela corrida, de acordo com um estudo feito pelo Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), cujo objetivo era descrever hábitos, características de treinamento e histórico de lesões em 200 corredores que corriam por lazer há pelo menos seis meses.

Na pesquisa, o grupo coordenado pelo fisioterapeuta Alexandre Dias Lopes constatou ainda que os corredores com mais tempo de prática de corrida eram justamente os que apresentavam taxas menores de lesão. Para ele, esse dado indicaria que os mais experientes estariam mais adaptados ao esporte e, entendendo melhor os limites do próprio corpo, estariam mais protegidos de dores e lesões. Já os corredores mais recentes e com maiores índices de lesões estariam vulneráveis pelas razões opostas: despreparo, muitas vezes associado ao exagero.

“A lesão na corrida é sempre multifatorial, mas hoje sabemos que quem corre mais de 50km por semana está mais propenso a lesões do que quem fica dentro desse limite”, diz Lopes.

Outro fator que contribui de forma decisiva para o surgimento de dores e lesões é o aumento súbito na carga de treino, ou seja, acelerar demais o ritmo ou percorrer distâncias muito maiores do que está habituado.

“A pessoa se empolga, vai perdendo peso, ganhando condicionamento, fazendo amigos no esporte e, frequentemente, começa a abusar, se impondo metas que vão muito além do que o corpo consegue suportar”.

Mesmo quem participa de grupos de corrida orientados ou treina individualmente, com um profissional especializado, está livre de riscos. Praticar a atividade física com a supervisão ajuda, e muito, a fugir das lesões mais frequentes. A presença do treinador, no entanto, não consegue inibir o excesso fora dos dias e horários de treino. Além disso, lembra o orientador físico e instrutor do Levitas Velocitá, Everton Casagrande, muitos empolgados literalmente ignoram a dor e seguem em frente, achando que o organismo vai se habituar a ela.

Sentir dor durante a corrida, diz Casagrande, não é algo normal e não deve ser negligenciado. Fortalecer a musculatura envolvida na corrida – não esquecendo o abdome – ajuda a afastar problemas, mas a cautela segue sendo a forma mais eficaz de prevenir o surgimento de lesões. Outra regra de ouro, lembra Casagrande, é fazer um intervalo de descanso entre os treinos.

“Sempre explico aos meus alunos que o descanso é crucial. Durante a corrida os ossos sofrem microfissuras que são regeneradas justamente nesse intervalo em que o organismo descansa do exercício.”

FONTE DE PESQUISA: "PORTAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA".

domingo, 11 de novembro de 2012

Atividades Físicas de lazer, podem aumentar em até 7 anos a expectativa de vida do praticante.


Estudo feito na universidade Harvard dos EUA "ESTADOS UNIDOS"; mostrou que caminhar no parque, passear de bicicleta e praticar algum esporte amador contribuem com a longevidade independentemente do peso de uma pessoa.


Praticar alguma atividade física nos momentos de lazer, como caminhar ou pedalar no parque, aumenta a expectativa de vida independentemente da intensidade do exercício ou do peso do indivíduo, concluíram pesquisadores da Universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Saúde (NIH, sigla em inglês) dos Estados Unidos. Em uma nova pesquisa, eles mostraram que unir momentos de folga a exercícios físicos pode acrescentar até sete anos na longevidade de uma pessoa.

Embora uma grande quantidade de pesquisas científicas já tenham comprovado os vários de benefícios da prática de atividade física, inclusive em relação à redução do risco de mortes prematuras, nenhum estudo havia estabelecido quantos anos cada tipo de exercício feito nos momentos de lazer pode acrescentar à vida de uma pessoa, tanto em relação aos indivíduos de peso normal quanto aos obesos. Foi o que fizeram os pesquisadores americanos. Os resultados desse trabalho foram divulgados nesta terça-feira na revista PLoS Medicine.

Os autores levantaram dados de seis estudos diferentes sobre atividades de lazer que, ao todo, envolveram mais de 650.000 participantes de 21 a 90 anos, sendo a maioria acima dos 40 anos de idade. São consideradas atividades físicas de lazer aqueles exercícios cuja prática não é obrigatória e nem tem data e horário certo para acontecer. São atividades como esportes amadores, caminhadas ou corridas ao ar livre e um passeio de bicicleta, por exemplo.

Caminhada rápida — De acordo com I-Min Lee, epidemiologista do Hospital Brighan and Women da Universidade de Harvard e coordenadora do estudo, o nível mínimo de atividade física que é necessário para aumentar a longevidade é o acréscimo de 75 minutos de caminhada rápida (ou outra atividade moderada) por semana. Essa atividade, em comparação com não praticar nenhuma atividade, acrescenta 1,8 ano na expectativa de vida de uma pessoa acima dos 40 anos de idade, segundo a pesquisa. Os resultados ainda mostraram que esse mesmo exercício, se realizado 150 minutos por semana, que são os níveis recomendados pelas autoridades de saúde, eleva em 3,4 anos a longevidade de uma pessoa. Se praticado durante 450 minutos semanais, esse aumento chega a 4,5 anos.

“Essa associação foi encontrada entre homens e mulheres e tanto entre indivíduos de peso normal quanto entre aqueles com sobrepeso ou obesidade”, disse Lee. No entanto, quando os pesquisadores compararam indivíduos com obesidade severa (índice de massa corporal maior do que 35) que eram sedentários a pessoas de peso normal que cumpriam 150 minutos de caminhada rápida por semana, o aumento da expectativa de vida foi de 7,2 anos. A obesidade, portanto, foi relacionada a um menor aumento da expectativa de vida — o que não significa que os exercícios físicos não aumentem a longevidade de pessoas acima do peso.

"Nossos resultados destacam a importante contribuição que as atividades de lazer têm, especialmente entre adultos", diz Steven Moore, um dos autores do estudo. "O exercício físico regular prolongou a vida de todas as pessoas que foram examinadas em nosso estudo, independentemente do peso.”



"FONTE DE PESQUISA: PORTAL DA EDUCAÇÃO FISÍCA" .